Com o Solana a registar uma queda de cerca de 12% nos últimos 30 dias, os investidores focam-se nos indicadores para 2026. Entre incertezas técnicas e opiniões divergentes sobre os fundamentos, janeiro de 2026 promete ser determinante para o ativo.
O desempenho recente do SOL deixou um sabor amargo a alguns traders de curto prazo. Com um recuo de dois dígitos no último mês, a criptomoeda atravessa uma fase de correção clássica mas acentuada. Este movimento de retração ocorre num contexto macroeconómico global onde a liquidez por vezes tarda a chegar.
No entanto, para os analistas experientes, esta queda não sinaliza necessariamente o fim da tendência de fundo. À medida que nos aproximamos de 2026, o gráfico do SOL apresenta uma mistura complexa de sinais bullish e bearish. A questão central é saber se o suporte dos 100$ se manterá firme para permitir uma recuperação, ou se a pressão vendedora continuará a pesar sobre o ativo no início do ano.
A análise chartista revela uma dicotomia interessante para janeiro de 2026. Por um lado, alguns indicadores técnicos sugerem que um rally poderá materializar-se logo no início do ano. Historicamente, o mês de janeiro tem sido frequentemente favorável aos ativos de risco, um fenómeno por vezes qualificado como efeito janeiro.
Por outro lado, a prudência mantém-se. Se o momentum altista (o impulso de compra) não conseguir concretizar-se rapidamente, a estrutura de mercado poderá fragilizar-se. A ausência de volume de compra significativo poderá validar um cenário mais pessimista, onde o preço permaneceria comprimido sob zonas de resistência chave. Para já, o mercado mantém-se numa tendência baixista global a longo prazo.
Contudo, o SOL acabou de fazer um breakout e de reintegrar o seu range, validando que a sua queda não passou de um desvio fora do range abaixo dos 126$. Se o SOL mantiver este preço, irá procurar o mid range aos 134$ e posteriormente o topo do range entre 139 e 145$.
Para além da análise técnica pura, os fundamentos desempenham um papel preponderante nesta equação. O histórico de Solana pende para o otimismo, mas a situação atual dos fluxos, nomeadamente ligados aos potenciais produtos financeiros como os ETF, divide os observadores.
As opiniões dos especialistas estão divididas. Uma parte do mercado antecipa uma explosão da procura institucional que poderá propulsar o SOL para um novo ATH. Inversamente, outros analistas sublinham que se os fluxos de entrada (inflows) desiludirem, a pressão baixista poderá persistir, transformando este janeiro de 2026 num período de consolidação lateral (range) em vez de uma fase explosiva.
Em suma, janeiro de 2026 anuncia-se como um mês de teste para a Solana. Se a história e certos indicadores advogam por uma recuperação técnica, a confirmação terá de vir dos volumes e do interesse institucional. Os investidores deverão vigiar atentamente a capacidade do SOL em manter os seus suportes atuais face à pressão bearish. Uma retoma do momentum poderá oferecer oportunidades interessantes, mas a gestão do risco permanece primordial neste ambiente incerto.
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Charles Ledoux é um especialista em Bitcoin e nas novas tecnologias blockchain. Formado pela Crypto Academy, é também minerador de Bitcoin há mais de um ano.
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