Um ciber-roubo digno de um thriller : 40 milhões de dólares roubados ao Banco Central do Brasil. Enquanto as autoridades lutam para seguir as pistas, o renomado detetive blockchain ZachXBT desenrola o novelo das transações. O que as suas investigações revelam é simplesmente surpreendente...
Um importante ciberataque visou recentemente os serviços do Banco Central do Brasil. Este ataque permitiu que piratas informáticos intercetassem entre 140 e 180 milhões de dólares pertencentes a seis grandes instituições financeiras. Destes fundos, estima-se que cerca de 40 milhões de dólares foram convertidos em criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e USDT. Posteriormente, foram branqueados através de bolsas locais e plataformas de trading over-the-counter.
O rastreamento destes ativos criptográficos revelou-se uma verdadeira missão de detetive para os investigadores. O especialista em blockchain ZachXBT colaborou com as autoridades brasileiras. Teve de analisar manualmente os volumes de transações suspeitas nos mercados locais para identificar as carteiras envolvidas. Apesar destes desafios, conseguiu rastrear cerca de 30 a 40 milhões de dólares roubados e congelar quase 5 milhões. Cooperou com plataformas reputadas como Binance, Bitso, Bybit e Tether.
No entanto, ZachXBT não deixou de criticar a falta de envolvimento de alguns intervenientes-chave, nomeadamente a Circle. Acusa esta última de se desinteressar pela luta contra o crime digital. “A direção da Circle não se preocupa realmente com a indústria”, lamentou. Este caso destaca a importância de uma colaboração estreita entre as diferentes partes interessadas para combater eficazmente os ciberataques que visam o setor financeiro.
Na sequência desta intrusão massiva, as autoridades brasileiras detiveram um funcionário de 48 anos suspeito de ter vendido as suas credenciais de acesso aos piratas por cerca de 2.700 dólares. Estão também a perseguir outros quatro indivíduos alegadamente envolvidos neste roubo em grande escala. No total, as forças de segurança conseguiram congelar cerca de 50 milhões de dólares dos fundos desviados.
Este caso evidencia mais uma vez os desafios crescentes colocados pelos ciberataques no domínio financeiro. Sublinha a necessidade de os intervenientes no mercado reforçarem a sua cooperação e as suas capacidades de rastreabilidade para combater eficazmente as atividades criminosas na web. A mobilização de especialistas como ZachXBT, que aliam conhecimentos técnicos e colaboração com as autoridades, revela-se crucial para garantir a segurança do ecossistema cripto.
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